domingo, 25 de julho de 2010

Promessa


Existem textos que necessitam de seus leitores, o esforço de arrancar alguns véus antes de ver neles pulsando, erotismo e desejo. Existe neles como que uma promessa de recompensa na espera. E na busca.

Para mim, lê-los é tanto instigante quanto afrodísiaco. E brinco de descobrir vermelhidão onde parecem existir superficialmente apenas tons suaves.

A frase abaixo é o final de uma poesia de Adélia Prado intitulada "Para o Zé", uma declaração de amor tão delicada quanto sensual.

Pelo menos assim o sinto.

Ei-lo, pois:

"Como grande senhora vou te amar, os alvos linhos, a luz na cabeceira, o abajur de prata; como criada ama, vou te amar, o delicioso amor: com água tépida, toalha seca e sabonete cheiroso, me abaixo e lavo teus pés, o dorso e a planta deles eu beijo.

Um comentário:

  1. Erótico: alvos linhos=cama, cabeceira=cama, o delicioso amor = sexo oral?, beijar, sempre e qualquer parte do corpo...Ai!

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Sussurra no nosso ouvido, vai...