Sobre quem escreve

Casanova - Casanova, muito prazer. Aqui para arrancar de você seus desejos mais secretos, suas fantasias mais inconfessáveis, suas paixões mais impublicáveis. Eu serei o seu desejo. Eu sou Desejo. Não se esconda, nada tema. Dê-me sua mão e entregue-se para mim. Apenas feche seus olhos...

Merteuil - Eu escolhi a devassidão. Sou senhora do meu corpo e do meu gozo. O primeiro, dou a quem e como quiser. E, apenas, se quiser. O meu gozo, obtenho-o nos corpos alheios e nas palavras que me despem: sedução, vingança, domínio, prazer. Sexo, claro, muito. O que me atrai é o que escondem. O mal dito. As entrelinhas. Entre corpos. Aprendi a ferir mortalmente. E a não abrir mão do meu desejo. Gosto de pensar: depravada, cruel, libertina. Gosto que, quem saiba, não possa dizer. E que, quem pode dizer, não tenha o que falar.

O Adorador - Eu sou assim, entende? Eu gosto de sexo. Elas gostam, elas desejam e eu também.

Perséfone - Já fui Core até comer a romã. Eva? Não conheço. Sou desde sempre. Vago entre sombras e desejos subterrâneos até que o canto da primavera me chame e eu sempre, sempre, volte á superfície. 
O que quiseres posso te dar. Juventude ou morte? Prazer ou dor? Gritos loucos ou suaves sussurros? 
Ambos?

Z - Faz-se em pele e suores, cheiros, língua e cavidades profundas. Libertina? Homem? Mulher? Todos esses contornos adjetivos não iluminam a substância mesma de seu ser: quente e translúcido. Vivo.