quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A culpa é do Mel




Confortável? Eu realmente espero que não...

(Viro e aperto o play, Tito & Tarantula - After dark)

Hmmm? Desculpe, não entendi... a mordaça atrapalha muito, não consigo entender o que esses seus gemidos significam. Mas como suas mãos e pés ainda não estão roxos, assumo que a corda não está muito apertada... ainda.

(Sento-me na cadeira em frente à ele. Pernas abertas, cabeça caída levemente para o lado enquanto a mão desliza pelos cabelos, a outra descendo pelo peito aberto, os dedos brincando no harnesse de couro)

Era isso que você queria, não? Quer dizer, era EU que você queria, certo? Pena que para chegar aqui (mão passando levemente sobre o volume na calça) você precise estar aí. Desculpe, pequenos prazeres e taras minhas, não consigo controlar...

(Ele tentando se mexer na cadeira, olhar levemente assustado)

Culpe o Mel. Quem mandou ele aparecer na minha frente, na minha tela, daquela maneira? Aquela visão em couro mudou tudo. Me mostrou que existem outras formas, digamos, mais excitantes de se fazer as coisas...

(Tentando se soltar das cordas, mexendo-se na cadeira)

Infelizmente, essa sua calça de couro trouxe de volta todas as lembranças deliciosas que eu tenho. E o cheiro... ah, o cheiro! Um tesão à parte!!

Agora... uma coisa que nunca lembro de contar para vocês antes. Você não está aí apenas para satisfazer minhas taras e desejos. Você está sentando nessa cadeira, irresistível nesse couro todo, amarradinho e amordaçado, por que eu quero te dar o melhor orgasmo que já teve na sua vida.

(Levanto da cadeira e caminho lentamente até ele. Paro atrás e cochicho no seu ouvido)

E sabe o que eu aprendi nesses anos todos? Praticamente nada - nada! - dá mais tesão, mais prazer que o medo. Que a dor.

(Dou a volta e me ajoelho em frente às pernas abertas dele. A mão sobe até o mamilo)

E eu sei causar dor (Apertando lentamente o mamilo até ver o rosto começar a contorcer de dor com um sorrisinho sádico no rosto). E eu posso causar muito medo também... (pego a lâmina afiada na mesa e passo por entre as coxas dele, subindo e apertando levemente).

E acredite... você vai sentir dor. Você vai sentir medo. E vai querer mais... muito mais.

(Levanto e coloco a próxima música, The Commitments - That's the way that love is, volto e me ajoelho novamente. Apoio minhas mãos nos joelhos dele e minha língua vai direto ao seu umbigo, subindo lentamente até o queixo onde dou uma mordida de leve. Cochicho no ouvido novamente)

Mas não se assuste tanto... ao mesmo tempo, sei ser a pessoa mais carinhosa do mundo.

(Me afasto lentamente... Páro em pé, mostrando a tatuagem nas costas)

E não se engane com as asas... Tenho muito pouco de anjo. Se bem que Lúcifer já foi um anjo também. Mas não sou ele... Se eu vou ser alguma coisa aqui, hoje à noite, será apenas o seu desejo.

(Voltando para ele. Sento-me nas suas pernas, os braços se enroscando em volta do pescoço dele, puxando a boca para perto da minha)

E é isso que você quer, não? (Lambo de leve os lábios dele entre a mordaça. Mordo de leve a orelha). Vai ter...

(Levanto-me novamente, coloco minhas luvas de couro)

Mas sem pressa. (Ele apenas observa enquanto as luvas entram lentamente nos meus dedos). Temos todo o tempo do mundo enquanto durar esta noite...

(Paro atrás novamente, as mãos descendo pelo peito dele. Sinto o coração disparado, as gotas de suor começando a aparecer e descer pelo rosto e corpo. Verifico as cordas. Apertadas ainda)

Agora... hora da brincadeira realmente começar...

(Nova música... George Thorogood - Bad to the bone e vou até a mesa com os apetrechos)

Vejamos... o chicote? Ah sim... os prendedores de mamilos...

(A cadeira balança e ameaça cair enquanto me aproximo lentamente com a corrente prateada na mão. O sorriso sádico agora é permanente...)

2 comentários:

  1. Crueldade...uma das minhas palavras favoritas. Junto com Sedução. Perfeito. Um tantinho de te(n)são nunca fez mal a ninguém...

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  2. hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmm. bad boy. bad.

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Sussurra no nosso ouvido, vai...