Eu tirei a roupa lentamente. Despida em vermelhos. Preto no branco. Rosa na boca, olhos borrados em lágrimas de desejo antecipado e não-realizações. Eu tirei a roupa para outro. Você. Não. Não. Não. Amor das minhas vidas todas. Ontem eu morri em não-você. Ainda aceitas esta dança? Comigo?
P.S: Mais tango, baby? E dos bons? Aí do lado.
Beijos dramáticos para todos vocês, queridos e queridas.
Eu olhava teus seios e volteavas e sorrias. Dança. Dança. E agora? -Puta. Puta. Puta. Eras aquela que eu sonhava depois do beijo da minha. Mãe. Te desejo em cada mulher que passa e tem brilho diferente. Em pulseiras, em batons vermelhos ou em olhares.
- Seja homem! Seja homem! Nada é tão simples como tú. No entanto, danças?
Esse filme foi uma descoberta. Lindo. Recomendo. Mas nada a falar que não se torne poesia.
Porque as águas eram claras. Eu, turva. Entre as pernas. Em mim. Latejares extenuantes, mas poesia em excesso. Quis gritar. Solo, Chão. De bairro fui feita, ao barro voltarei. Suja. Limpaste-mes com línguas e mãos e toques e delicadezas. - Arfar é um quase afogar-se na respiração.
O filme é Drácula de Bram Stoker (1992)- Direção de Francis Ford Coppola
Gary Oldan como Drácula/ Conde Vlad e Winona Ryder como Mina
Porque aceitar morte e gozo é tão igual. Tão. Sei que és, amado sombrio, meu carcereiro, mas também meu pai. És aquele, que entre sombras, me deseja mais que a tí mesmo. Me criaste em teu desejo. Te crio todos os dias. Habitas desde sempre tudo que é dentro e íntimo e escuro em mim. Antes de saber-me, tu já estavas lá. Aqui.
Barba-azul, esqueleto ancestral, masculino eterno, ódio e tesão. Sempre te procurei. Estás em todas as fantasias que não conto. Ofereço a tí em sonhos, buceta e boca e sangue. Teu inferno é minha veia e minha veia te pede. Porque em algum momento, tu ao matar-me inocência e fazer-me conhecer terror, me ensinarás os ciclos que me farão rainha de mim mesma. Sei também que no escuro que é teu reino sou mais eu do que nunca. Como negar-me, pois? Senhora e escrava. Sempre amante. Sempre atenta. Tua. Sempre. Até que um dia, em breve, o sempre se repita.
Ok, amores. Segundo desafio do blog, que sempre será feito toda quarta-feira e tem uma semana para ser respondido (o próximo vai ser proposto pela ala masculina do blog, viu? Casanova e Donatello P., operantes e à postos?). Então, continuando... nosso desafio é postar uma cena de cinema que nos excitou e deu margem à fantasias quando assistidas. Para dificultar o negócio, essa cena não pode conter nada explícito, no máximo insinuações.
Depois de escolhido filme e cena, continho ou frase ou afins embaixo ou por cima ou... ok? Porque? Com quem? Onde? Sintam-se desafiados.